Os Instrumentos Mortais: Cidade de Vidro

Hey! Hoje vim lhes falar sobre Cidade de vidro, terceiro volume da série Instrumentos Mortais, da sensacional Cassandra Clare. Se você ainda não leu os primeiros livros da série, peço que não leia! Contém spoillers dos livros anteriores. Leia-os e volte!!

Falando sobre o final de Cidade das Cinzas: que final, gente, que final! Foi realmente a melhor parte do livro. A batalha que aconteceu no navio, a Clary descobrindo seus poderes... Mas enfim. No final de Cidade das Cinzas, depois da batalha no navio, Clary recebe a visita de uma antiga amiga de sua mãe e revela que ela não está em um coma normal. Que o coma foi consequência de um feitiço que ela mesma executou, na esperança de escapar de Valentim e manter o Cálice seguro, e que a única maneira de ela acordar é por meio de um antídoto, e o único mago capaz de produzir esse antídoto é Ragnor Fell, que mora em Idris, capital da Cidade de Vidro que, por sua vez, é a capital dos Caçadores de sobras (onde fica a Clave).
A Clave está irada com os acontecimentos recentes, a batalha do navio, que resultou na morte da Inquisidora e na fuga de Valentim com os Instrumentos Mortais. Para deliberar sobre quais as providências que devem ser tomadas, pois Valentim certamente está agora atrás do terceiro Instrumento Mortal (o Espelho das Almas), eles convocam a presença dos Caçadores de Sombras em Idris. Clary se prontifica a marcar presença, já que poderia procurar o feiticeiro, mas Jace não concorda com sua ida e acaba adiantando a viagem sem avisar Clary, que acaba ficando pra trás. Sem se conformar, Clary acaba abrindo um portal com seus novo e incrível poder (o de criar novos símbolos). Dá pra adivinhar que a Clary acaba em Idris, na companhia de Luke. Só que ao saírem do Portal eles caem no Lago Lyn, que fica nos arredores de Idris e tem fama de ser amaldiçoado. Clary acaba engolindo muito água desse rio e tem que ser levada às pressas para Idris para a desinfecção... Luke leva Cary à casa de sua irmã e acaba ficando tudo bem. No outro dia Clary vai à casa em que Jace está hospedado e lá acaba conhecendo alguns de seus outros amigos, como a Aline, os Penhallow e o mais misterioso do grupo Sebastian. Clary desperta a ira de Jace e eles acabam brigando de uma forma dolorida, eu diria... Sebastian fica com uma peninha ali da Clary e a leva de volta para a casa da irmã de Luke. No caminho eles conversam e Clary acaba contando o motivo verdadeiro dela ir para a Cidade de Vidro e Sebastian diz saber como ajuda-la e que poderia leva-la à casa do feiticeiro. E os dois acabam viajando para a casa do feiticeiro e lá Clary encontra algo que ela não esperava... E não posso falar mais! Hahaha

O livro me surpreendeu muito, de uma maneira positiva. A narrativa da Cassandra evolui de uma forma incrivelmente palpável em vários aspectos. Em questão à evolução de personagens, revelações sombrias e constrangedoras, mas não somente. Ela evoluiu na receita de descrição. Ela passa a descrever os demônios e os monstros de uma maneira realmente assustadora e você passa a suar frio... Incrível! Foi a única coisa que senti falta na série, a coisa do medo pelo fato de serem demônios... Mas ela realmente se superou neste livro.

Com relação aos personagens eu nunca me senti tão leve na minha vida! Vou começar falando do Jace, personagem que eu odiei com todas as minhas forças nos primeiros livros, mas neste a autora descreveu um outro lado de Jace! Um lado mais humano, um lado que sabe, e que aprendeu, a amar. Sem perder sua ironia, que me deixava irritado nos outros, mas que agora me faz rir e entender logo de cara, porque nesse livro nós temos um foco maior em como o Jace foi criado e porque ele é assim tão ‘’ convencido’’. O Simon, que no último livro se transformou em um vampiro, passou a ser mais incrível ainda... Foi lindo poder observar a forma como ele ia se adaptando ao novo corpo e à nova vida e mesmo assim preservando o que ele realmente é. Mais uma vez temos um foco maior no Simon, que no final do segundo livro bebeu do sangue de Jace e que agora se tornou um tipo curioso de vampiro: um Diurno. Que pode andar à luz do sol e não, ele não brilha. Isabelle é meu xodó ever! Não preciso comentar sobre ela, mas podemos notar o seu desenvolvimento claro quando ela passa por uma situação muito chocante nesse livro. A Clary conseguiu atingir um novo nível de irritação indescritível. Em certos momentos, quando tá tudo dando certo, quando ela está lá beijando o Jace e o leitor respira fundo e fala ‘’ Ufa, até que enfim’’, ela já inventa outra desculpa e acaba com a cena e o clima e destrói tudo!! Arrrgh, Clary! Vai se tratar!  Gostei muito dos personagens novos, como sempre aquela construção incrível da Cassandra Clare... E chegamos novamente ao meu amor platônico por ela... Os novos personagens trazem outros núcleos, outros conflitos e outras histórias a acrescentar sobre o que está acontecendo e o que pode ser feito ante à uma perspectiva de guerra eminente.

Agora uma questão que me deixou meio em dúvida... Originalmente Cassandra Clare escreveu uma trilogia, então toda a história, todos os núcleos e todas as intrigas são resolvidas neste livro. Alguns anos depois ela resolveu que a história teria uma continuação e escreveu. Isso me deixou com um pé atrás, pois este final foi incrível! E me perguntei se ela não estragaria a série com essas continuações. Eu acho que a leitura dos outros livros (Cidade dos anjos caídos, Cidade das almas perdidas e Cidade do fogo celestial) é desnecessária, mas, contudo, entretanto e todavia, eu já os tenho... Então, como um amante de Cassandra Clare (Te amamos titia Cassy!) vou me obrigar a lê-los, desafiar meu bom senso. Mas não prometo nenhuma data! Sem nenhuma pressa. Vou deixar a ideia fluir. Esperar um pouquinho a história desanuviar... Depois eu volto e leio a outra parte da série. 

·         Escrito pela Cassy... Ops! Cassandra Clare

·         Lançado pela Editora Record no Brasil

·         Traduzido por Rita Sussekind

·         475 páginas (que escorrem pelos dedos)

Até a próxima!

By: Igor